domingo, 25 de março de 2012

O assédio das trevas no Centro Espírita


“Prezados irmãos. Que Jesus nos abençoe e nos fortaleça no seu amor".
  Quando nos propomos a falar da Ação das Trevas nos Grupos Espíritas, antes de tudo precisamos saber de quais Espíritos estamos falando, porque a grande maioria de Espíritos obsessores que vêm às Casas Espíritas são mais ignorantes do que propriamente maldosos. No livro “Não há mais tempo”, organizado pelo Espírito Klaus, nós publicamos uma comunicação de um verdadeiro representante das organizações do mal e percebemos que há uma grande diferença entre o que nós classificamos como Espíritos obsessores e os verdadeiros representantes das trevas.
Eu estava presente na reunião na qual essa entidade se manifestou. Quando o Espírito incorporou a doutrinadora disse: “Seja bem vindo meu irmão!”. Ele respondeu: “em primeiro lugar não sou seu irmão, em segundo lugar eu conheço o seu sentimento. Sei que você não gosta nem das pessoas que trabalham com você na casa, que dirá de mim que você não conhece.
Por isso duvido que eu seja bem vindo aqui”. Ela ficou um tanto desconsertada, porém, disse: “mas meu irmão, veja bem, isto aqui é um hospital”. Ele respondeu: “muito bem, agora você vai dizer que eu sou o doente e que você vai cuidar de mim, não é isto?”. Ela disse: “Sim”. “Pois bem, e quem garante para você que eu sou um doente? Só porque eu penso diferente de você. Aliás, o que a faz acreditar que possa cuidar de mim? Quem é que cuida de você? Porque suponho que quando alguém vai cuidar do outro, este alguém esteja melhor que o outro e, francamente, eu não vejo que você esteja melhor que eu. Porque eu faço o mal? Porque sou combatente das idéias de Jesus? Sim, é verdade, mas admito isto, enquanto que você faz o mal tanto quanto eu e se disfarça de espírita boazinha”.
Outro doutrinador disse: “meu irmão, é preciso amar”. O Espírito respondeu: “acabou o argumento. Quando vocês vêm com esta ladainha que é preciso amar é que vocês não têm mais argumentos”. “Mas o amor não é ladainha meu irmão”. “Se o amor não é ladainha por que o senhor não vai amar o seu filho na sua casa? Aliás, um filho que o senhor não tem relacionamento há mais de 10 anos. Se o senhor não consegue perdoar o seu filho que é sangue do seu sangue, como é que o senhor quer falar de amor comigo? O senhor nem me conhece.
Vieram outros doutrinadores e a história se repetiu até que, por último, veio o dirigente da casa e com muita calma disse: “Não é necessário que o senhor fique atirando estas verdades em nossas faces. Nós temos plena consciência daquilo que somos. Sabemos que ainda somos crianças espirituais e que precisamos aprender muito”. “O Espírito respondeu: “até que enfim alguém com coerência neste grupo, até que enfim alguém disse uma verdade. Concordo com você, realmente vocês são crianças espirituais e como crianças não deveriam se meter a fazer trabalho de gente grande porque vocês não dão conta”.
 COMO AGEM OS ESPÍRITOS REPRESENTANTES DAS TREVAS EM NOSSOS NÚCLEOS ESPÍRITAS?
Como vimos, os verdadeiros representantes das trevas além de maldosos são, também, extremamente inteligentes. São Espíritos que não estão muito preocupados com as Casas Espíritas.
Eles têm suas bases nas regiões da Sub-Crosta. São Espíritos que estiveram envolvidos, por exemplo, na 1ª e 2ª guerras mundiais e no ataque às Torres Gêmeas nos Estados Unidos.
São os mentores intelectuais de Bin Laden, de Sadam Hussein e de inúmeros outros ditadores que já passaram pelo mundo, porque eles têm um plano muito bem elaborado, que é o de dominar o mundo. Os grupos espíritas não apresentam tanto perigo para eles.
Esses Espíritos estarão sim atacando núcleos espíritas desde que o núcleo realmente represente algum perigo para as intenções das trevas. Portanto, quando nós falamos das inteligências do mal nós estamos falando destes Espíritos que têm uma capacidade mental e intelectual muito acima da média em geral. Normalmente não são esses Espíritos que se comunicam nas nossas sessões mediúnicas. Normalmente eles não estão preocupados com os nossos trabalhos, a não ser que esses trabalhos estejam bem direcionados, o que é muito difícil, e represente algum perigo para eles.
Nós que vivemos e trabalhamos numa Casa Espírita sabemos bem dos problemas encontrados nas atividades desses grupos. Para ilustrar vou contar para vocês um fato verídico ocorrido numa Casa Espírita. Um Espírito obsessor incorporou na sessão mediúnica e disse para o grupo: “Nós viemos informar que não vamos mais obsediar vocês. Vamos para o outro grupo”.
Houve silêncio até que alguém perguntou: “Vocês não vão mais nos obsediar, por quê?”. O Espírito respondeu: “existe nesta casa, tanta maledicência, tanta preguiça, tanto atrito, tantas brigas pelo poder, tantas pessoas pregando aquilo que não praticam, que não precisamos nos preocupar com vocês, você mesmos são obsessores uns dos outros”.
  POR QUE REALIZAR UM SEMINÁRIO RESSALTANDO A AÇÃO DAS TREVAS?
FALAR DO MAL NÃO É AJUDAR O MAL A CRESCER?
No livro a “Arte da Guerra” está escrito: “se você vai para uma guerra e conhece mais o seu inimigo que a você mesmo, não se preocupe, você vai vencer todas as batalhas. Se você conhece a si mesmo, mas não conhece o inimigo, para cada vitória você terá uma derrota. Porém, se você não conhece nem a si mesmo e nem ao inimigo, você vai perder todas as batalhas”.
Infelizmente, a grande maioria das pessoas não conhece a si mesma. Têm medo da reforma intima, têm medo do que vão encontrar dentro de si. Negam a transformação interior.
Precisamos falar das trevas para conhecermos as trevas. Se não conhecermos como eles manipulam os tarefeiros espíritas como é que vamos saber nos defender deles.
Para isso é preciso refletirmos nesta condição de nos conhecermos, até porque toda ação das trevas exteriores é um reflexo das trevas que nós carregamos dentro de nós. É preciso realmente realizarmos a nossa reforma interior para sairmos da sintonia dessas entidades.
  E OS GUARDIÕES QUE CUIDAM DO CENTRO, COMO É QUE FICA?
Não podemos esquecer que os benfeitores espirituais trabalham respeitando o nosso livre arbítrio. Uma Casa Espírita como esta possui o seu campo de proteção, uma cerca "elétrica" construída pelos benfeitores, porém, quem a mantém ligada são os  trabalhadores encarnados. Toda vez que há brigas dentro do centro / do grupo, toda vez que há grupos inimigos conflitando-se, toda vez que há maledicências, é como se houvesse um curto circuito nesta rede, é como se houvesse uma queda de energia, e as entidade do mal entram. Os benfeitores espirituais estão presentes, a rede é religada, mas, as entidades dos mal já entraram. O grande problema é que quase sempre nós não estamos sintonizados com o bem. A ação do bem em nossa vida é fundamental..
Por exemplo: o Umbral não é causa, o Umbral é efeito. Só existe o Umbral, a zona espiritual inferior que cerca o planeta, porque os homens têm sentimentos medíocres e inferiores. No dia que a humanidade evoluir o Umbral desaparece, porque ele é conseqüência. Por isso que não podemos nos esquecer que as trevas exteriores são apenas uma extensão das nossas trevas interiores. Existe, sim, a proteção espiritual nas Casas Espíritas, porém, os Espíritos amigos respeitam o nosso livre arbítrio.
  COMO É QUE OS GRUPOS ESPÍRITAS PODEM SE DEFENDER DAS TREVAS?
• Havendo muita sinceridade, amizade verdadeira e, principalmente, muito amor entre todos os colaboradores do grupo.
• Existindo a prática da solidariedade, carinho e respeito para com todas as pessoas que buscam o grupo ou para estudar ou para serem orientadas ou para receberem assistência espiritual..
• Havendo muito comprometimento com a causa espírita.
• Realizando, periodicamente, uma avaliação dos resultados obtidos, para verificar se os três itens anteriores estão realmente acontecendo.
"Há somente uma coisa importante a que você deve prestar atenção:  abandonar a ilusão de que o Divino está em algum lugar distante.
- Quando você tem a fé de que Divino está em você, você nunca se desencaminhará.
- Você procurará o caminho correto.
- Tenha a fé firme de que a Divindade está presente em cada forma humana.
- Execute ações corretas, adequadas à forma humana.
-  Evite o egoísmo, os apegos e o ódio que surge dele.
 - O modo de se livrar do egoísmo é a adoração a Deus".
            SATHYA SAI BABA

Diferenças entre religião e espiritualidade


As Diferenças entre Religião e Espiritualidade

A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.
A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.
A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que
fazer, querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.
A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade lhe dá Paz Interior.
A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe diz: “aprende com o erro”.
A religião reprime tudo, te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e portanto é Deus.
A religião inventa.
A espiritualidade descobre.
A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.
A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.
A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.
A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.
A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.
A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência.
A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.
A religião alimenta o ego.
A espiritualide nos faz Transcender.
A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação.
A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.
A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.
A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.
A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida e noutro plano também!

Uma Visão Espírita coerente sobre a homossexualidade


O HOMOSSEXUAL NA CASA ESPÍRITA 
Dr. Augusto Fernando Haanwinkel  
Como espíritas que somos e esclarecidos pelos ensinamentos da doutrina, precisamos desenvolver uma postura de tolerância e compreensão para acolher, sem preconceitos, todos os espíritos que nos cercam e que buscam a casa espírita.
O amor de Deus é plenamente destinado a todos, sem exceções. Características do corpo físico, esse invólucro transitório do espírito em vida terrena, não podem definir este espírito nem devem contribuir para gerar sentimentos de rejeição ou repulsa em nossos corações.
Todos aqui estamos nesse mundo de expiação e provas e, para aqui poder atuar, assumimos corpos físicos que tornam possível a vida na Terra. Mas este corpo é, e será sempre, a despeito dos avanços da Medicina, um corpo perecível. Portanto, é no espírito imortal que habita ali, criação amorosa de Deus e que carrega Sua luz, que devemos concentrar nossa atenção e a ele dedicar o nosso amor.
Na ótica da Caridade Cristã, não só devemos acolher esses espíritos, cada um revestido de sua própria individualidade, mas também procurar chegar até eles, encurtando o caminho que nos separa.
A Doutrina Espírita nos ensina que todos nós temos um passado que explica e justifica situações de nossa vida presente.  Do mesmo modo que Deus acolhe amorosa e indistintamente todos os seus filhos, assim devemos proceder com nossos irmãos.
Aprendemos também que o espírito possui uma bipolaridade em termos sexuais, podendo encarnar sucessivas vezes ora como Homem, ora como Mulher.  No estudo do desenvolvimento dos embriões, a ciência já nos mostra que todo embrião tem as duas (2) potencialidades, feminina e masculina, que só se define após algumas semanas do desenvolvimento fetal.
O que nos define como Homem ou Mulher? É a contribuição do pai, através de seu espermatozóide, que determina o sexo do futuro bebê.  Essa conformação genética é solicitada pelo próprio espírito, esclarecido a respeito de suas necessidades para aquela encarnação.  Para isso, contribuem os espíritos superiores que se encarregam de ajudar e apoiar esse ser que vem a renascer.  Segundo a história de cada um e suas necessidades, será definida sua feição humana.  Todos encarnamos melhores, mais evoluídos do que já fomos, para prosseguir em nossa caminhada.
Todavia, esse corpo físico manifesta exigências carnais e a atividade sexual é uma delas.
A mulher, que no mundo cristão de outrora, tinha sua condição feminina desvalorizada e, às vezes, até negada, hoje, com o advento da contracepção, desempenha um papel muito diferente nas relações sociais.  Devido a conquistas da ciência como fertilização in vitro, barrigas de aluguel, concepções assistidas etc., nos vemos diante de situações controvertidas, as quais precisamos compreender e nos posicionar segundo a Verdade contida na Doutrina Espírita, a Terceira Revelação.
Jesus nos ama indistintamente, nos aceita como somos e nos oferece o que precisamos e, como espíritas que somos, devemos construir as bases de nossa conduta conforme o exemplo do Mestre.
Precisamos buscar, através do raciocínio e da conscientização e da procura constante de nossa essência espiritual, a compreensão dos processos dolorosos pelos quais passamos na vida para tirar dessas experiências o aprendizado necessário à busca da perfeição e da felicidade, do bem-estar pleno para o qual Deus nos criou.
O mundo atual nos desafia a enfrentar, com coragem e sem hipocrisia, as novas relações interpessoais que ocorrem em todos os espaços onde transitamos.
Hoje sabemos, a ciência nos afirma, que a relação homossexual, feminina ou masculina, é perfeitamente possível tanto do ponto de vista físico (obtenção do prazer sexual) como do psíquico (afetividade, harmonia, companheirismo, etc.).
A OMS, que já catalogou a HOMOSSEXUALIDADE como doença, hoje já não considera assim.  Por isso, o termo “homossexualismo” não deve mais ser usado, já que o sufixo “ismo” caracteriza “doença”.  Devemos nos referir à Homossexualidade, que designa um estado do ser, uma condição do indivíduo.
Quanto à auto-estima, as pessoas podem ser: Egossintônicas – aceitam-se como são; ou Egodistônicas – rejeitam sua própria condição, não estando em sintonia consigo mesmas.  Desta condição egóica depende a qualidade das relações afetivas que construirão, tanto heteros como homossexuais. Os distúrbios afetivos e psíquicos, que exigem tratamentos específicos para reequilibrar o indivíduo desajustado quanto às normas sociais, derivam desta condição interna do sujeito e que, na visão espírita, sabemos resultar de vidas anteriores.
“...o sexo, na existência humana, pode ser um dos instrumentos do amor, sem que o amor seja o sexo”  ( do livro “Mensageiro da Luz” – cap. 13 – André Luiz).
Quando as pessoas se reconhecem com tendências homossexuais, esse processo costuma vir carregado de muita confusão, sofrimento e, principalmente, de culpa.  Daí a necessidade do acolhimento e da orientação adequada para que a pessoa seja esclarecida pela palavra de Jesus. Só assim ela terá a possibilidade de se equilibrar para viver de forma digna as provações que precisará enfrentar.
A condição sexual não garante a dignidade do indivíduo, mas sim a forma como ele exerce a sua sexualidade.  Muitos heterossexuais se comportam de modo totalmente indigno, usando o outro de forma egoísta, visando seu próprio prazer sem respeito a si mesmo nem aos sentimentos do outro.  Estes também precisam ser esclarecidos para evitarem os males que resultam de tais condutas.
Indiferente de sua condição sexual, todos devem se comportar, se vestir e se comunicar de forma adequada a cada situação.
O Atendimento Fraterno é a porta aberta na Casa Espírita para o acolhimento dos espíritos que nos procuram, independente de sua condição ou aparência.  Não há espaço aí para indiscrição nem para rejeição ou pré-julgamentos.  Não importa o que ele é, mas sim o que ele poderá vir a ser, na medida em que for se esclarecendo.
Essa necessidade é igual para todos os espíritos que sofrem e buscam superar pelo Bem suas necessária provações.
Muitos homens têm características femininas em sua aparência ou em sua conduta (são mais suaves, mais sensíveis, mais frágeis), mas não são menos masculinos por causa disso.  São experiências anteriores, ricas e proveitosas, vividas na condição feminina em encarnações passadas, que os fazem constituírem-se assim.  O mesmo ocorre com mulheres que apresentam posturas tidas socialmente como masculinas sem que sejam menos femininas em sua constituição física ou psíquica.
Conforme essas características, as pessoas se atraem e os casais se formam e funcionam de forma harmoniosa, encontrando na relação conjugal a completude, o companheirismo que os ajuda e os fortalece na trajetória terrena.
Os desvios sexuais estão relacionados a uma indefinição ou confusão interna que podem afetar seu espírito e, conseqüentemente, atingem seu corpo físico e seu psiquismo.
Controle, educação e disciplina são condições básicas para vivenciar a sexualidade de forma adequada.  A união de um casal deve ser pautada no Amor e na prática do Bem; ter ou não ter filhos não deve ser uma obrigação inerente ao casamento.
Indivíduos egodistônicos freqüentemente se comportam de forma promíscua, muitas vezes numa conduta bissexual.
Estruturas orgânicas como o intersexualismo, precisam ser acompanhadas medica e psicologicamente para definir a condição predominante naquele indivíduo e proceder à correção cirúrgica.  Esta situação constitui uma provação duríssima para a pessoa.
Na casa espírita, qualquer trabalhador, em qualquer função que exerça, pode estar em qualquer condição sexual desde que se comporte e conduza suas ações de modo adequado, dentro e fora da casa.  Além disso, precisa ter conhecimento da doutrina e uma fé consistente que dêem suporte a seu trabalho.
A homossexualidade não é uma opção da pessoa nem é provocada por condições familiares, relação parental etc., posto sabermos que na maioria das vezes está definida antes de seu nascimento.  Portanto, as pessoas são responsáveis pelo modo como decidem exercer sua sexualidade.  A sexualidade não é uma escolha, mas o ato sexual é.
Há indivíduos ditos fronteiriços quanto a sua definição sexual devido a conflitos e situações pretéritas.  Nestes ocorre um momento onde ele decide por um lado ou por outro e, dependendo do seu grau de esclarecimento, pode fazer uma escolha indevida, problemática para sua vida.
Quando percebemos esses sinais em nossas crianças, é nosso compromisso cristão para com elas que as aceitemos com respeito e carinho e as eduquemos segundo os princípios da nossa fé: os critérios evangélicos de ética, de moral e de caridade. Assim estaremos educando aqueles espíritos para que se tornem pessoas de Bem.
O trabalhador espírita que ainda não se libertou das amarras do preconceito deve se abster do Atendimento Fraterno dirigido a pessoas cujas características possam lhe provocar sentimentos de desconforto.
Tenhamos sempre em mente que a Doutrina Espírita acolhe e compreende, mas não é conivente com condutas que destoam da moral cristã.
Quando o exercício da sexualidade traz angústia e sofrimento ao indivíduo, seja qual for sua condição sexual, é aconselhável que ele se proponha a um período de abstinência sexual, durante o qual buscará estudar e refletir melhor sobre si mesmo, esclarecer-se sobre seu papel no mundo para então escolher um modo de vida que faça dele um membro ajustado e útil à sociedade.
Não esquecer, todavia, que essa abstinência deve ser assumida espontaneamente e nunca imposta por outros, o que quase sempre acaba resultando em desvios sexuais.
Na avaliação dessas situações que ora nos apresentam, como a união civil de homossexuais, devemos sempre usar o bom senso e uma postura tolerante e amorosa para agirmos de forma justa.  Reconhecer os direitos legais de um casal homossexual é uma questão de justiça e respeito pelas pessoas, apenas legitima o que já existe e não se constitui um estímulo para “gerar” homossexuais.
Na orientação dos indivíduos homossexuais, devemos alertá-los de que são alvos fáceis para a ação perniciosa de outros espíritos que tentarão utilizá-los para satisfazer suas necessidades sexuais, causando grandes perturbações.
Todos os espíritos devem encarnar várias vezes como homem e como mulher para vivenciarem as experiências específicas de cada papel sexual, enriquecendo assim sua caminhada espiritual.
Homens e mulheres que vivem de forma promíscua sua sexualidade, sendo permanentemente sedutoras e explorando o outro sexualmente, podem no futuro encarnar como homossexuais como provação para elaborar essa questão.
Não há motivos contrários à adoção de crianças por casais homossexuais visto que já sabemos que essa condição não depende de influência parental direta.  Se o casal que se dispõe a adotar tem condições de oferecer às crianças a proteção, o carinho e a educação que elas precisam para crescer saudáveis, nada os desclassifica para serem pais.
Finalmente, lembremos sempre que a homossexualidade não é uma condição permanente, é um estado transitório.  Os indivíduos não são homossexuais e, sim, estão homossexuais.  E somos todos, antes de tudo, filhos muito amados de Deus.
(1) Palestra proferida na Associação  Espírita Rita de Cássia (12º Conselho Espírita de Unificação), em 21 de agosto de 2005
Nota: o texto constitui uma síntese da palestra, assim como das respostas dadas às perguntas formuladas pelos participantes do evento.

Bibliografia:
1.         KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 84. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003
2.         KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. 1. ed. Rio de Janeiro: CELD, 2004
3.         KARDEC, Allan. Revista Espírita.jan. 1866. Tradução CELD
4.         LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. No Mundo Maior.23.ed.Rio de Janeiro:FEB, 2003.p.190.
5.         LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Ação e Reação. 24. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. p.209
6.         LUIZ, André ( Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Nosso Lar. 54. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. p.127
7.         Ibidem p. 259
8.         Ibidem p. 174
9.         LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Os Mensageiros. 39. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003.p. 159
10.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Vida e Sexo. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002, p. 27
11.       WORM, Fernando. Vida e Obra de Divaldo Pereira Franco. 5. ed. Salvador: LEAL, 1995. p.77.
12.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Leis de Amor. 21. ed. São Paulo:FEESP, 2003. p. 16-17
13.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Sexo e Destino. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p. 265.
14.       KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 2. ed. Rio de Janeiro: CELD, 2003. p. 277.
15.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Vida e Sexo. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p.89
16.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. No Mundo Maior, 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. p. 197
17.       Ibidem. P. 196.
18.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Encontro Marcado. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1971. p.102
19.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Evolução em Dois Mundos. 21. ed.Rio de Janeiro: FEB, 2003. p. 138.
20.       Ibidem. P. 141-142
21.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Ação e Reação. 24.ed.Rio de Janeiro:FEB, 2003. p.205
22.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Vida e Sexo. 23.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p.90
23.       Ibidem. P.92
24.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Encontro Marcado.2.ed.Rio de Janeiro:FEB 1971.p.101-102
25.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Vida e Sexo. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p. 62-63
26.       Ibidem. P.90.
27.       KARDEC, Allan. Revista Espírita. Tradução da E. CELD.v.1, jan.1866.
28.       Ibidem.
29.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Ação e Reação. 24. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003, p.209
30.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Vida e Sexo. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002 p.92
31.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Ação e Reação. 24. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. p. 209
32.       Ibidem.
33.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Evolução em Dois Mundos. 21. ed.Rio de Janeiro: FEB, 2003. p. 144
34.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. O Consolador. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2001, p.111
35.       KARDEC, Allan. A Gênese. 1. ed. Rio de Janeiro: CELD, 2003. p.488 36.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier.Missionários da Luz. 37. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. p. 27-28

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Edivaldo Franco e o Padre


 Certa vez, fui a um padre confessar (antes de tornar-me espírita).
 Contei-lhe sobre minhas comunicações com os mortos.
 Para ele, eram forças demoníacas tentando me afastar da Igreja.
 Veio-me uma mágoa de Deus e comecei a questionar:
- Sou um bom católico, bom sacristão, adoro a Igreja, faço jejum,
 passo a semana da Páscoa sem comer até o meio-dia.
 Se Deus não pode com o diabo, eu vou aguentar?
 O diabo vai me vencer.
Como um garoto de 17 anos, do interior, ingênuo,
 pode vencer o diabo se nem Deus consegue? 
Entrei em depressão e fiquei com mágoa de Deus. Confessei-me ao padre: 
- Eu vou me matar.
 Nossa Senhora do Carmo vai ter pena de mim, vai me colocar o escapulário e me tirar do inferno.
 Ele me olhou demoradamente e respondeu: 
- Não tome nenhuma atitude agora.
O demônio às vezes nos perturba para testar a nossa fé;
quando não consegue, abandona. Volte para a Igreja.
Era um homem honesto, acreditava piamente em suas idéia. 
Um dia, ao confessar-me a ele, vi aproximar-se um Espírito. Tive outro conflito: 
-
 Como pode o diabo entrar na sacristia? 
Aliás eu via sempre os Espíritos.
 no momento da eucaristia a hóstia tornava-se luminosa quando colocada na minha boca.
Às vezes, em Feira de Santana, via o cônego Mário Pessoa aureolado.
No meu entendimento (católico), ele era um santo.
As pessoas na hora da fé se iluminavam e eu julgava tudo alucinação.
Quando o Espírito entrou, exclamei: 
- Olha, o diabo está vindo, e é mulher! 
-
 Você vê algum sinal particular no rosto dela? - indagou-me o padre. 
- Vejo uma verruga acima do lábio. 
- E o que mais? 
- O cabelo está partido ao meio, penteado com um coque atrás. 
- E o que mais? 
- Vejo um xale sobre os ombros, com pontas, um xale negro de xadrez. 
- Pode ficar tranqüilo, é mamãe.
Ela "incorporou" e conversou com o padre. Quando despertei, ele me esclareceu: 
-
 Divaldo, mamãe veio me alertar. A sua missão não é aqui, vá seguir a tarefa que Deus lhe confiou,
 porque o bem está em todo lugar. 
Fiquei mais tumultuado, porque eu não era espírita, tinha medo,
 sentia-me de certo modo alijado da Igreja, mas continuava a frequentá-la e ao Centro Espírita.
Tinha conflitos de fé, principalmente quando morreu minha irmã, por suicídio.
Mamãe foi encomendar missa a esse mesmo sacerdote, um homem bom, e ouviu dele: 
- Dona Ana, não posso celebrar, porque o suicida está no inferno e Deus não o tira de lá.
Foi quando aprendi a primeira lição de lógica e de psiquiatria, com uma mulher iletrada -
  a minha mãe: 
- Padre, então eu renego o seu Deus.
 Se Ele não é capaz de perdoar não é digno de ser Deus.
Sou lavadeira modesta e analfabeta, mas a filha que perdi, eu a perdôo;
 como é que Deus, que a tem, não a perdoa?
Digo mais, quem se mata não está no seu juízo.
Mais tarde eu viria saber que muitos portadores de psicose maníoco-depressiva PMD, vão ao suicídio.
Aprendi muito com esse homem, com mamãe, e quando eu lhe disse que não iria mais à igreja, ela me respondeu:
- Deus está em todo lugar. Se você for justo e agir com retidão,
Ele estará com você.
Faça o bem, meu filho, porque a verdadeira religião é aliviar o sofrimento alheio.
A partir desse acontecimento integrei-me lentamente ao Espiritismo. 
Divaldo Franco